segunda-feira, 11 de abril de 2011

Leva-e-traz

O vento assanhava-lhe o cabelo e quase arrancava-lhe a saia.

Agitava suas vestimentas, arrepiava sua pele, fazia tremer todo o seu corpo e ameaçava levá-la dali...


...mas depois, quase como um carinho, ia parando de mansinho,


recolocando, com cuidado, cada coisa em seu lugar.


tormenta e acalento,


paixão e ternura,


à vontade pra sorrir.


E ela, diferente...


porém sendo a mesma.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Auto-amor

Entre tantos inimigos, encontrou um meio de nao se sentir só: criou um outro dele mesmo.
Assim, pensava que nao mais haveria de ter perto de si qualquer um q lhe desejasse mal, afinal... haveria até ele mesmo de ser seu proprio inimigo?

Foi confiando no outro que tudo começou. Estendeu a mao, quebraram-na. Esta ainda servia, apesar de nao ser a mesma de antes. Mas desse episódio, o coração... esse era bem mais diferente do antigo... apesar de ainda plantado em seu peito, ficou assim: inquebrável, inatingível, cheio de si e apenas por si. Pelo menos, era o que pensava.

Tudo bem que assim, só, jamais poderia ser odiado ou machucado. Mas também nao haveria quem o abraçasse e ainda mais acalentasse, se um dia (vai saber) quebrasse, todas as fronteiras que criou.

O homem decide o que o menino nao sonhou.