Animadamente, ajeitou o cabelo de lado e notou que eles caíam bem mais bonito naquele dia frio.
Havia planos, construções, projetos em andamentos - se permitia, enfim, enfim!
Havia delícias doces ainda oriundas da páscoa, presentes que não eram ou eram chocolates (não curte muito puro porém adora harmonizá-los), presentes carinhosos, ainda embalados (o melhor é a surpresa de nao saber o que sao, o ritual de desembalá-los ou o ato de receber não importando o que sejam?). Havia um final de semana inteiro pela frente e a expectativa de preenchê-lo bem.
Sim, tinha esse dia frio e a ausência do sol da manhã, as nuvens - densas e escuras - escondendo os melhores raios e anunciando chuva. Talvez temporais, talvez pequenas gotículas pra aguar o jardim, talvez apenas o que precisava pra lavar um pouquinho a alma com o clima, barulho, quem sabe dança? Tudo em pausa, em suspensão, alimentando expectativas, particularmente boas nesse momento, promessas especiais.
Os cabelo lindos, a pele brilhante e o coração cheio no espelho. Na mente, o pensamento de que o presente é dos presentes que se deve desfrutar com carinho e energia. Desembalá-lo docemente, alimentado de expectativas. E que sejam surpresas de chuva. E que venham supresas de sol. Apenas venham.
Obs: texto escrito por uma boa recebedora de presente, mas muito melhor presenteadora.