segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Reencontro

-Sabe aqueles sonhos? Lembra deles? Eu realmente sonhei. Falam que muita gente diz que sonha pra criar qualquer ambiente fantástico. Não eu. Realmente sonhei tudo aquilo. Contigo, comigo, com a gente. Pode acreditar. Nunca menti ou fui falso. Nunca te disse que te amava pra poder te beijar ou te deitar em meus braços. Realmente fui e ainda sou tudo aquilo que eu te disse.

-...

- Talvez se voce tivesse acreditado um pouco mais em mim, em vez de ir, em vez de virar as costas e dizer que tudo foi nada...

- ....

-Nunca te culpei. Sei que participei do nada que a gente criou. Do vão, vazio, que a vida deixou depois de tudo ir. Nunca te culpei sozinha. Nao tenho porque mentir.

- ....

- E hoje é esse tempo de nãos. Não fomos, não somos, não seremos nunca. Todos os sonhos, tantos sonhos que eu sonhei de verdade... E o tempo do nao é tudo que existe.

-....

-Se é justo eu nao sei. Sei que penei, chorei, sofri. Ainda sofro quando lembro, aliás. Aí vem você e me diz oi. E eu vejo em teus olhos todos aqueles sonhos que eu tive....

-....

- Nao precisa ir. Você já voltou e isso muda tudo. Um oi, um sorriso, nesse olhar todos os sonhos. Nao precisa ir.

Um comentário:

dimitri disse...

Esse tipo de reencontro e o diálogo que o representa, só existem entre pessoas que inventam palavras que apenas elas compreendem, né?