Eu tenho pensado bastante a respeito de liberdade e relacionamento. Acho que uma coisa nao anula a outra e vice-versa. Nunca fui a favor de pessoas que se anulam pelo outro. Tenho uma personalidade forte o bastante para jamais querer destruir em mim coisas que eu sempre amei só pq nao sao aceitas por qualquer pessoa, mesmo que eu a ame. Entretanto, me pego pensando qual a diferença, afinal, de relacionar-se com o outro, se nada muda, se tudo é igual, se nao nos transformamos com essa uniao, se continuamos tao só o que somos e jamais nos permitimos ser um, porém dois e dividir? Se eu me proponho a andar de maos dadas pela vida, existem esquinas em que vou olhar pro lado e pedir a licença do outro para entrar. E convidar, afinal, estamos ou nao estamos caminhando de maos dadas? Amar é tanta coisa a se definir que eu nao sei precisar. Eu vejo no amor o ato de dividir, de acompanhar e, sem isso, estamos sós, mesmo se estivermos acompanhados. Não é querer podar liberdade de alguem, nao é exigir que o outro lhe peça permissao e nem deixar que o outro comande o que vc vive. Acho que jah ouvi varias vezes e concordei em todas as vezes que ouvi, que amar é ceder. Nao o que somos, nao o que desejamos e o que sonhamos. É ceder aquele espaço que antes era vazio ou ocupado com milhoes de coisas sem sentido para um outro disposto a ali sentar, participar e dar sentido a tudo aquilo que antes nao tinha. Se algo quebrar em tua vida, eu ajudo a consertar. Se a melhor musica toca na minha estrada, eu te convido pra ouvir. Pra mim, amar eh isso. Participação sem arestas, sem vírgulas, sem impedimentos, sem segredos. Pq os segredos acabam com o amor.
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Um comentário:
Muito bom amorzinho ! Minha moca dos contos ;*********8
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