Como entender, como entender?
Avalanches, terremotos, furacões. Vidas que vão em segundos, famílias que se decopõem embaixo de destroços, sorrisos que se paralisam no tempo, destruição...como entender?
Como nao questionar o que nao está ao alcance de nossos olhos, como compreender os desígnios, COMO se quando o sentimento e o sofrimento são mais latentes do que qualquer razão?
Difícil é enxergar o bem quando ele nao se mostra...
(O grito fica preso na garganta dela e a revolta explode por dentro. Falta pouco, muito pouco, pra nao perder a fé. O filho foi encontrado morto, o marido desaparecido. E ela ali. Viva. Como entender o porquê de lhe ser concedida tal "maldição"? Perder o amor, perder os seus e ficar ali, impotente. Saiu andando sem destino, correu de quem disse que teria que limpar alguns ferimentos, fugiu daquela cena em que tantos ficavam feliz por ter sido encontrada com vida. Por estar viva. E ela morria a cada passo, as lágrimas deixando rastros que se apagavam rápido. Parou quando sentiu as forças irem embora. Parou quando as forças foram embora. Deitou sua cabeça no chao, esperando outro terremoto que a levasse dali, que a cobrisse com sua impiedosa vontade de destruir...
Nao houve terremoto, nada veio acalmar a dor. Nada surgiu pra apaziguar o sentimento. Nada.
Até que escutou.
Fraco, longe, dolorido, frágil. A tirou de seu transe e alertou-a para vida. Foi em busca, sem pensar. Retirou do lado, pedras que apenas 2 homens levantariam, sem sentir dor. Tinha vontade, tinha urgencia, conseguiu remover todo o jazigo de pedra que se encontrava sobre aquela criança. Sedimentando a morte que chegaria se ela nao estivesse ali.
Foi quando entendeu.
O seu sofrimento fora a salvação daquele ser. Foi por ele que ainda estava ali. E por si. Para que entendesse exatamente aquilo que entendeu quando apertou a criança em seus braços. Para nao duvidar.
A morte chegara para os seus para que, em desespero, acalentasse aquele choro e tocasse aquelas mãos.
Abraçou-se com a vida e aceitou o seu destino.
É difícil compreender quando dói, quando é ferro em brasa.
Mas um dia tudo faz sentido).
Terremotos, furacoes, avalanches. Nao sei o quanto uma alma aguenta. Nao sei o quando o mundo ainda pode aguentar. Nao sei o que se espera que compreendamos disso tudo, quando o sentimento primeiro é o choro, a pena, a perda, a dor. Está distante de nossa razao limitada, está adiante, muito adiante, da nossa fraca compreensão.
Mas um dia tudo faz sentido.
Avalanches, terremotos, furacões. Vidas que vão em segundos, famílias que se decopõem embaixo de destroços, sorrisos que se paralisam no tempo, destruição...como entender?
Como nao questionar o que nao está ao alcance de nossos olhos, como compreender os desígnios, COMO se quando o sentimento e o sofrimento são mais latentes do que qualquer razão?
Difícil é enxergar o bem quando ele nao se mostra...
(O grito fica preso na garganta dela e a revolta explode por dentro. Falta pouco, muito pouco, pra nao perder a fé. O filho foi encontrado morto, o marido desaparecido. E ela ali. Viva. Como entender o porquê de lhe ser concedida tal "maldição"? Perder o amor, perder os seus e ficar ali, impotente. Saiu andando sem destino, correu de quem disse que teria que limpar alguns ferimentos, fugiu daquela cena em que tantos ficavam feliz por ter sido encontrada com vida. Por estar viva. E ela morria a cada passo, as lágrimas deixando rastros que se apagavam rápido. Parou quando sentiu as forças irem embora. Parou quando as forças foram embora. Deitou sua cabeça no chao, esperando outro terremoto que a levasse dali, que a cobrisse com sua impiedosa vontade de destruir...
Nao houve terremoto, nada veio acalmar a dor. Nada surgiu pra apaziguar o sentimento. Nada.
Até que escutou.
Fraco, longe, dolorido, frágil. A tirou de seu transe e alertou-a para vida. Foi em busca, sem pensar. Retirou do lado, pedras que apenas 2 homens levantariam, sem sentir dor. Tinha vontade, tinha urgencia, conseguiu remover todo o jazigo de pedra que se encontrava sobre aquela criança. Sedimentando a morte que chegaria se ela nao estivesse ali.
Foi quando entendeu.
O seu sofrimento fora a salvação daquele ser. Foi por ele que ainda estava ali. E por si. Para que entendesse exatamente aquilo que entendeu quando apertou a criança em seus braços. Para nao duvidar.
A morte chegara para os seus para que, em desespero, acalentasse aquele choro e tocasse aquelas mãos.
Abraçou-se com a vida e aceitou o seu destino.
É difícil compreender quando dói, quando é ferro em brasa.
Mas um dia tudo faz sentido).
Terremotos, furacoes, avalanches. Nao sei o quanto uma alma aguenta. Nao sei o quando o mundo ainda pode aguentar. Nao sei o que se espera que compreendamos disso tudo, quando o sentimento primeiro é o choro, a pena, a perda, a dor. Está distante de nossa razao limitada, está adiante, muito adiante, da nossa fraca compreensão.
Mas um dia tudo faz sentido.
Um comentário:
É isso: como se já não bastasse a violência e tanta coisa ruim,as tragédias da natureza estão assolando. Abraço.
Postar um comentário