quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A menor casa do mundo

Tem uma casa no meio do caminho dos que passam apressados.
Pequena, insegura, prestes a desabar,
Cabem sonhos em 40 centimetros de suas paredes que não caíram porque acreditam se manterem em pé.
Na ausência de assoalho, lágrimas caem de um corpo encolhido, vivo por acaso, maltratado, sem espaço para deitar-se em paz.
Tábuas improvisadas cobrem partes do ser que reza ao não chover, deus de sua necessidade.
No meio de duas ruas, um jardim e essa casa.
Fugindo do relento, percebi, estava um homem?
Rezo que não.

P.

Nenhum comentário: