Vivo, tão vivo.
Mesmo que esteja morto.
É apenas uma forma de olhar,
o lado diferente do muro.
Vivos, tão vivos.
Estamos nós?
Estão os mortos?
Uma questão de ângulo,
de geometria interna,
espaço e tempo
local.
Aqui os relógios sinalizam os minutos.
Percorrem com “tic e tac” o tempo que falta pra chegarmos lá.
Como será que o tempo gira do outro lado?
Será que, ao contrário, contabiliza-se o tempo de voltar?
Mas quem é que vai?
E quem é que volta?
Talvez estejamos todos mortos-vivos,
Aqui ou lá,
Chegando, partindo.
Percorrendo as estradas que levam aos reencontros.
Ou talvez o que nem exista seja, de fato, o morrer.
As pessoas que amo estão vivas.
Não importa o que acontece com a química de seus corpos.
Em meu coração seguem, em meu coração vivem, em minhas memórias sorriem, em meus pensamentos florescem e semeiam tudo o que plantaram em mim.
Vivos!
Tão Vivos!
Estão vivos.
Como pude questionar?
Não existem mortos.
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