A impaciência funciona com a paixão na mesma medida que não funciona com o amor.
Sim, a paixão remete ao corpo, à matéria, é portanto, natural entender e imaginar o perecimento, o inevitável falecimento e assim, urgente, querer viver tudo o que lhe for possível com bastante impaciência.
O amor, por outro lado, é um sobrevivente teimoso. Um representante ferrenho da incorporeidade, existente a despeito dos despeitos, viajante do tempo que é, apresenta-se independente de como, quando, onde e forma. Nem pergunta. Permanece. Subsiste. Encara. Acompanha. Perdura
É preciso paciência para amar. Paciência com a permanência.
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