O sol do sertão queimava-lhe as costas.
Olhou pro céu, olhou pro chão.
O buraco ainda quase raso, quase rente ao solo do terraço.
Insistiu, mais uma vez, arrancando outro pedaço de areia trasmutado em pedra.
O suor escorria pelo corpo regando o solo que mal conhecia água e escorria pela face ocupando até mais do que o espaço onde poderiam estar as lágrimas.
Os poucos amigos e curiosos começavam a partir.
Abandonando-o à sua empreitada e, principalmente, à sua dor.
Enquanto insitia - teimando com a física, força, natureza - seu parente, deitado na cama, escassamente iluminado pela luz fraca e lúgubre do candeeiro,
repousava o último sono, pronto pra descansar pra sempre no solo duro do sertão.
Quem sabe assim nascem flores?
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