domingo, 11 de julho de 2021

VII

Abrimos a porta cambaleantes.

O quarto era lindo, mas nem conseguimos notar.

Te dei um beijo muito longo de pura felicidade.

Você me respondeu com outro, sorrindo um pouco de minha bêbada espontaneidade.

Tenho uma carreata de botões nas costas e um vestido longo e branco que te desafio a tirar agora.Você vem logo tentar.

Vou deitar com parte dele retirada e parte vestida, bagunçada de alegria, você do lado mergulhado no sono profundo da embriaguez em que eu queria estar.

Olho pra varanda e vejo as luzes do dia que começam a desafiar a madrugada. Olho pra gente e vejo o desafio que lançamos de volta pra elas, por estarmos do avesso aqui e agora, celebrando atrapalhados o nosso pacto. 

Acertando nada e acertando tudo.



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