domingo, 10 de janeiro de 2010

Doce

Nao exigia, nao queria, nao pedia, nao mostrava-se a sua disposição, nao era de desfilar carencias e fazer exigencias. Também nunca saía dali. Tinha as exatas palavras que calavam suas angusturas e o doce carinho de quem nao consegue ser nada menos do que doce. Perdeu-se por horas. Entre suas palavras e o seu silencio, achara seu alento. O afeto que faltava. Nao é de se confundir amores com outros sentimentos. Mas acontece que hoje, especialmente hoje, é de se confundir outros sentimentos com amores. Assim pensou.
Doce.

Um comentário:

Piu. disse...

algo no início do texto me fez pensar em um cãozinho. pude ver os olhinhos fiéis, companheiros e dramáticos.

mas um cãozinho doce.