quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Throw the dice, cold as ice

No meio das cartas, vermelhas, brancas e negras na mesa, soube que não haveria concordância sobre o final. De toda forma, o jogo estaria perdido ou ganho. Dependia do ângulo em que se olhasse. 

Da minha parte, lembrei que qualquer que fosse o resultado, deveria haver um cumprimento no final. Parabéns e desculpa misturados em uma palavra que comecei a inventar pra te dizer. Ou calar. Certas coisas pairam no momento e são transmitidas independente da forma que se digam elas. Ou nem digam.

Baixei o jogo sem contabilizar minhas chances, minhas cartas. Contabilizei isso sim, a distância que faltava pra chegar nas coisas do mundo que pudessem colaborar pra tua felicidade, que estivessem e não estivessem ao meu alcance pra desejar, pra oferecer, pra transmitir pra você; quase consegui contar também a quantidade enorme de estrelas que enxerguei nos teus olhos, assim que baixasse as tuas. Com um esgar, te ofereci um ensaio de sorriso e uma turbilhão de sentimentos. No mais profundo silêncio pro mundo e na conversa longa que nunca parou e nunca para nos universos em que residem as almas, combinamos de encerrar o jogo. Nenhum sentimento de vitória poderia existir em sequer te imaginar perder. 

Nenhum comentário: