Durante um longo período, ela esperou que lhe fosse transmitida alguma resposta.
Não é que havia lançado perguntas ao espaço. Mas é que imaginou que de alguma forma o espaço compreenderia a interrogação presente no silêncio que lançava.
Após passar, rapidamente, por alguns planetas habitados, concluiu determinada, que preferia os que encontrava vazios. Na ausência de perguntas e respostas que deveriam ser formuladas, havia a deliciosa descoberta nas perguntas e respostas que não deveriam.
Pousar em um solo onde podia retirar o capacete era um deleite sagrado. Um presente raro na sua jornada intermitente. A astronauta, aproveitando o pouco tempo que tinha, respirou.
E naquele céu do planeta que não era azul, imaginou-se olhando para o céu de um que era.
(...)
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