segunda-feira, 1 de novembro de 2021

(Dobrou as pernas e, com o notebook no colo, encostada na cabeceira da cama, em um feriado sem cara nenhuma de feriado, escreveu:

Por que toda vez que falo sobre desejo, sinto a necessidade, logo depois, de falar sobre amor?

Trocas intelectuais, olhares, afinidades, livros, filmes e música, o que me desperta um, desperta o outro.

Claro, existe a diferença, a doce diferença que os anos denunciam: está no meio, no momento, no exato momento em que você não quer saber de nada, quando o mundo inteiro desaba e quando você se torna desinteressante e mais triste do que gostaria. É quando o amor fica ali ou grita. E na sua companhia ou resposta desesperada está tudo o que me faz continuar escrevendo, depois do desejo, sobre o amor.)

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