quinta-feira, 9 de setembro de 2021

2000 e (muito) poucos ou Crepúsculo

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Não sou feia, nem bonita, mas tenho 20 anos e vivo em uma época em que os padrões de beleza ainda estão nas revistas e não em explosões de câmeras digitais, por isso me preocupo pouco  com meus quilinhos a mais/a menos sem intenção de me matar por isso. Ainda não. 

Me penso perdidamenre apaixonada por um “punk” paulista de cabelo moicano com quem converso pela internet e que me apresentou Will Eisner. Se eu o amar durante a vida inteira vai ser por isso. Exclusivamente por isso.

Estou fazendo amizades pela faculdade e ja me sento em um banco que logo mais estará cheio de pessoas que sigo adorando conhecer. Tinha acabado de abandonar o livro de Kant pela hq de X-men e nunca esperaria, em nenhum momento, ser avassaladoramente transformada por uma presença. Mas foi ali que te vi. Naquele exato momento.

Você tinha um olhar diferente. Não era triste, nem distante. Não estava ali, não iria notar minha presença, não iria se dirigir a mim. Nunca estaria ao meu alcance.

Te acho lindo do jeito certo e você sim, você tem os padrões de beleza dessa época e das que virão pela frente, mas nem foi por você ser alto e de tirar o fôlego. Foi por você está de preto. Completamente de preto.

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