terça-feira, 21 de setembro de 2021

Já me sinto melhor

Eu estou gastando meu tempo de intervalo do trabalho com minha terapia. Com ela, o gosto na boca é esse que sinto com a antecipação de um novo texto e não o de lágrimas.

Fico receosa de escrever aqui algumas verdades ou boas mentiras, mas embora saiba que um dia poderei ser lida (o que duvido, ninguem se ocupa mais com blogs, muito menos comigo ou com o meu), nao consigo abandonar esse espaço em que me visito. É um bom amigo das madrugadas, aquelas em que eu nao quero estar sozinha com meus atuais pensamentos e visitar os antigos, me ajuda um pouco a encontrar algumas partes de mim totalmente esquecidas. A verdade é que eu gosto de me visitar. Gasto boa parte do meu dia sendo bombardeada com sensações boas, transmitida pelos personagens que estao ao meu redor, mas as madrugadas...

Nas madrugadas, quando eu abro os olhos, não consigo evitar: vejo um destino cruel pra grande parte das pessoas que amo cada vez mais próximo. E não estou com elas nesse momento, a distancia, a pandemia, me impede de compartilhar suas dores e isso maltrata. A impotencia maltrata. Entao, minhas madrugadas de insonia sao como obstaculos que preciso vencer de alguma forma pra acalmar meus sentimentos. Minha ansiedade. Escrever tem sido isso pra mim. Fluoxetina.

Faltam dois minutos pro intervalo acabar e eu cair no mundo do problema dos outros. E eu gosto, gosto muito de "salvar" pessoas. Sempre consigo achar soluções pra elas, sempre dou um jeitinho e se nao consigo, ah, eu tento. Tento muito. Mesmo não conseguindo ter essa disposição pra mim. 

Entendes agora pq sempre volto aqui? 



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